Autor: Jaime Ferreri
Edita: AquiLeio Ediçoes
Xénero: Literatura Portuguesa - Narrativa
...Quando escrevo dou por mim, vezes sem conta, a falar de coisas que parecia näo saber. Aparecem frases que nos tocam e nos emocionan, frases com que nunca sonhamos. Para min basta-me esta glória, este agarrar da própria intimidade. É um íntimo täo profundo que pareço desconhecer e que com a escrita desperta, qual nascente artesiana a que eu apenas retirei um pequeno entrave. Despois é uma catadupa de personagens, amigos, irmäos, amantes, fantasmas, fadas, bruxos, magos. Lembro-me particularmente de um "irmäo" que nunca tive e já se desbobinou de mim em inmumeráveis, distintas mas sempre pícaras, personagems.
Escrever é ainda, e para terminar, pisar o risco... Por muito bem que consigamos escrever precisamos dos demais näo para nos lerem, näo para nos citarem , näo para sermos conhecidos... precisamos deles como cadinho de ensaio, como caldo de cultura, para provocaçoes que se lançam.
Quando recria, o escritor näo é juiz mas o que escreve está lá e aí fica, simples, duradoiro, quase imortal, a servir de suporte quantas vezes áquilo a que chamamos alma...
Quando recria, o escritor näo é juiz mas o que escreve está lá e aí fica, simples, duradoiro, quase imortal, a servir de suporte quantas vezes áquilo a que chamamos alma...
Näo é o autor que se eterniza. É a memória futura que se semeia no vazio branco de cada página...
Nº de páxinas: 158
Encadernacióm: Tapa branda
Formato: 15 x 23 cm.
Ningún comentario:
Publicar un comentario
Grazas polo teu comentario e por compartir a túa experiencia.
A túa participación axúdanos a mellorar.