Autor: Jaime Ferreri
Edita: AquiLeio Ediçöes
Xénero: Literatura en Potugués - Narrativa
...Até que um dia, em meados de setembro, quase no fim de férias, os olhos dela tocaram-me num rompante. Desviei fingidamente a vista, numa expressäo feita de manha, como que a parecer casto, numa carregada representaçao de beato fingido para que ninguém me notasse tal destino. Mas trouxe comigo o olhar dela, guardei-o de memória ligado ao sorriso trocista que deixou escapar. Foi um dia novo a descoberta em aprender o quanto valia e como nos tocava por dentro o sorriso duma mulher.
Foi a minha mais inocente mas provocante experiência.
Nunca tinha sentido aquela espécie de clique que me abanou e me forçou o coraçao a cavalgar em trotes amalucados, numa força desgarrada a percorrer-me o corpo e logo a limitá-lo com essa coisa atérea que saía da alma, inventada e definida num nome que cónego repetia infindas vezes: o pecado! Sentir aquilo era pecado mas nesse dia deixei de acreditar no cónego.
Nunca tinha sentido aquela espécie de clique que me abanou e me forçou o coraçao a cavalgar em trotes amalucados, numa força desgarrada a percorrer-me o corpo e logo a limitá-lo com essa coisa atérea que saía da alma, inventada e definida num nome que cónego repetia infindas vezes: o pecado! Sentir aquilo era pecado mas nesse dia deixei de acreditar no cónego.
Afinal eu mudei, e até cresci, em consciência, onde dantes quase näo conseguia explorar. Que comoçao e que sensaçao de bem-estar!
Consegui saber que era da cidade e estava ali, na casa dos avós, a gozar férias; até ás vindimas, pareceu-me ouvir. Chamava-se Marina, deu para percerber.
Nº de páxinas: 191
Encadernación: Tapa branda
Formato: 15 x 23 cm.
Ningún comentario:
Publicar un comentario
Grazas polo teu comentario e por compartir a túa experiencia.
A túa participación axúdanos a mellorar.